Zoo do CIGS - Centro de Instrução de Guerra na Selva - Patrimônio da Amazônia e do Exército Brasileiro

Autor: Gen Bda Antonio Manoel de Barros

Segunda, 04 Julho 2016
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O Zoológico do Centro de Instrução de Guerra na Selva – “Zoo do CIGS” – foi criado em 1967 para suprir demanda dos Cursos de Operações na Selva (COS) do CIGS. O  atual Centro de Pesquisas da Fauna e da Flora da Amazônia (CPFFA) tornou-se referência nacional em medicina de animais selvagens e, ainda, uma atração turística, a segunda mais visitada da cidade de Manaus.

 Possui estrutura diferenciada em recursos humanos e materiais, sendo administrado diretamente pelo CIGS. Conta com uma Divisão de Veterinária, composta atualmente por seis veterinários e uma bióloga, todos com formação acadêmica direcionada à medicina de animais selvagens amazônicos, incluindo mestres e doutores.

 O “Zoo do CIGS” só possui animais amazônicos brasileiros, os quais desfrutam de dieta balanceada e de tratamento veterinário de rotina. Várias espécies que fazem parte do acervo estão enquadradas nas diversas categorias do IBAMA de ameaças de extinção. A título de exemplificação, as onças, que em vida livre vivem no máximo 10 anos, chegam a 21 anos no “Zoo do CIGS”. Dos sete exemplares de onças existentes, duas estão abaixo de 10 anos, três estão entre 10 e 20 anos e duas estão acima de 20 anos.

 É o único zoológico da Amazônia que apresenta condições de abrigar 469 animais da fauna amazônica, provenientes de órgãos ambientais, sendo 34 aves, 58 mamíferos, 112 répteis e 265 peixes. Cerca de 140.000 pessoas visitam suas instalações por ano. Desse número expressivo, 40.000 alunos das escolas de Manaus têm acesso gratuito, em função de uma parceria com a Secretaria Municipal de Educação, visando à educação ambiental. Dentre suas atividades, considera-se fundamental a conscientização de crianças, jovens e adultos quanto à importância da conservação da biodiversidade e à preservação de espécies em extinção.

 Participante ativo da comunidade científica que interage em prol do bioma amazônico, o "Zoo do CIGS", como é conhecido internacionalmente,  integra equipes de pesquisas que envolvem os mais diversos cientistas,  tais como: entomologistas  do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), com pesquisas sobre leishmaniose e malária; médicos e biólogos da Fundação de Medicina Tropical do Amazonas (Hospital Tropical), com pesquisas na área de doenças tropicais; farmacêuticos, veterinários e biólogos da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), que pesquisam a área de arboviroses (hantavírus) e gestão ambiental; biólogos e entomologistas da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), que atuam na área de inquérito “soro-epidemiológico” sobre a prevalência de arboviroses em reservatórios silvestres e de inquérito entomológico para levantamento da fauna entomológica de vetores em potencial, além de diversos trabalhos com animais silvestres com instituições de pesquisa nacionais e internacionais.

 Recentemente, foi construído um espaço denominado “Oca do Conhecimento Ambiental”, em parceria com a Vara Especializada de Meio Ambiente e Questões Agrárias (VEMAQA), a fim de disseminar os conhecimentos sobre educação ambiental. A iniciativa é coordenada pelo CIGS e pela Secretaria Municipal de Educação. No ano de 2015, recebeu 561 instituições e 83 comitivas brasileiras e estrangeiras; 31.222 visitantes e 15 estagiários.

 Ao longo dos mais de 45 anos, o "Zoo do CIGS" serve à nossa sociedade, dedicando-se à conservação e à proteção ambiental, bem como ao desenvolvimento sustentável.

 

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Prezados, Parabéns pela iniciativa do blog e excelente trabalho do EB cuidando de nossas fronteiras, e aproveito para perguntar se o zoo do CIGS tem algum programa de estágio de curta duração, para estudantes de universidades federais do Brasil?

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