Universidade de Defesa Nacional

Autor: Brigadeiro Delano Teixeira Menezes

Quarta, 12 Agosto 2015
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Os temas Defesa e Segurança Nacional estão em vias de serem reconhecidos como área multidisciplinar do conhecimento pelo CNPq e CAPES, ou, pelo menos, estão na pauta de discussão destes órgãos certificadores.

Portanto, parece ser este o momento bastante adequado ao debate, no âmbito do Ministério da Defesa, sobre a criação da Universidade de Defesa Nacional como instituição prior entre as diversas que estudam defesa.

A UDN seria a integradora dos dois campi da Escola Superior de Guerra, do Instituto de Doutrina de Operações Conjuntas (IDOC) e do Centro de Estudos Estratégicos da ESG em um conjunto coerente de ações sob a coordenação de um reitor. Além das vantagens de uma administração centralizada dos recursos para o ensino e pesquisa neste segmento, o produto final oferecido teria melhor correlação com as diversas áreas disciplinares que compõem a defesa nacional.

Na agenda de debates sobre esse tema é importante ser levado em consideração o mandato do reitor da universidade. O modelo atual para o comando da ESG, com rotatividade de dois anos (que nem sempre é cumprido!), não tem se mostrado o mais adequado. Esta prática de “alta” rotatividade oferece razões que tem obstaculizado a continuidade de projetos de longo prazo. Além disso, tem feito com que o Corpo Docente permaneça em renitente estado “letárgico”, fazendo com que projetos de modernização acadêmica sejam descontinuados, ou avancem muito lentamente.

Com a criação da Universidade de Defesa Nacional a função de reitor poderia ser um cargo comissionado exercido, pelo período de quatro anos, por um oficial general do último posto que, ao assumi-lo, passaria para a reserva e seria reconvocado, permanecendo uniformizado, e seria mantida a rotatividade entre as Forças para cada período. O seu estafe continuaria composto por um oficial general do primeiro posto da ativa de cada força e um representante do MRE como seus assistentes.

Nessa estrutura, cada campus da Escola Superior de Guerra teria um Diretor que poderia ser um oficial general de qualquer das Forças, da ativa ou da reserva, considerado o perfil de cada um em função da vocação de cada campus. Os Institutos e o Centro de Estudos Estratégico estariam ligados diretamente ao Reitor.

Com esta proposta o Ministério da Defesa daria mais um passo importante no seu papel de consolidar práticas estruturantes, amparando um campo do conhecimento que ganha força na sociedade e que é a sua área de domínio.

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Aula Magna proferida pelo Ministro de Estado da Defesa, Jaques Wagner, para os cursos de altos estudos militares

Fonte: Artigo do Brigadeiro Delano Teixeira Menezes

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