HUMILDADE, AUTOCONFIANÇA E LIDERANÇA.
Nos últimos tempos, alguns passaram a citar a humildade como uma qualidade do líder. Mas seria a humildade uma característica individual que favorece a liderança?
Liderar é influenciar pessoas por intermédio da confiança obtida junto a elas. Por este motivo, se diz que a confiança é o alicerce da liderança.
Observa-se que, de um modo geral, as pessoas gostam e confiam quando alguém importante, por exemplo, o Papa, mostra-se com simplicidade, destituído de vaidades, parecendo ser uma pessoa humilde.
Mas a humildade, para ser útil à liderança, precisa ser bem definida, pois a humildade excessiva poderá não criar no grupo a confiança que o líder precisa adquirir. Por que isto acontece?
Ocorre que a humildade pode entrar em conflito com a autoconfiança, característica bastante perceptível, muito importante na obtenção da confiança de um grupo de pessoas. Entretanto, os autoconfiantes nem sempre são humildes, ao contrário, muitas vezes são arrogantes ou prepotentes, características ruins que abalam a confiança.
Por outro lado, o humilde precisa adquirir autoconfiança, porque ninguém conseguirá inspirar confiança nos outros sem ter confiança em si próprio.
Considere-se ainda que muitas pessoas querem receber uma orientação segura de alguém em quem confiem. Este orientador, para exercer sua influência, deverá ser uma pessoa que tenha, ao mesmo tempo, a dose certa de autoconfiança e humildade.
É interessante lembrar que o pastor caminha humildemente junto com suas ovelhas, mas ele precisa saber e mostrar, com exatidão, onde estão os bons pastos, as fontes de água e os abrigos. Tem, ainda, o dever de ser autoconfiante e corajoso, para proteger o seu rebanho dos lobos famintos. E não há coragem sem autoconfiança.
As ovelhas confiam no pastor que as protege.
O humilde pastor guia e protege o rebanho; o pastor é o líder.
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