Procurando o rumo

Autor: General de Exército Maynard Marques de Santa Rosa

Quinta, 08 Fevereiro 2018
Compartilhar

Interpretar o cenário nacional é um desafio ao discernimento. A multiplicidade de apelos de conteúdo emocional parece criar perplexidade, anulando nos brasileiros o senso de responsabilidade pelo próprio destino. Dessa forma, temas vitais, porém desgastantes, como os da segurança pública, podem ser relegados impunemente na agenda legislativa.

Outras questões essenciais têm sido, igualmente, postergadas de modo sutil, como as do ajuste fiscal e da governabilidade. O acerto das contas públicas torna inevitável a discussão da questão previdenciária, mas não pode prescindir da racionalização do setor público. Contudo, essa preocupação tem-se restringido ao âmbito do Executivo e implicado cortes de incentivos ao setor privado, investimentos federais e custeio, sobretudo, da segurança. Infelizmente, não há notícias de ajuste no topo de nenhum dos três poderes.

No tocante à governabilidade, o dilema constitucional vem sendo omitido da agenda, como se tabu fosse. Curiosamente, o caso da Previdência mostra que mesmo a carta magna é suscetível à mudança de opinião, quanto o é a biruta à força do vento.Na Constituinte de 1988, o MDB atendeu às corporações de servidores, ao unificar o seu regime previdenciário, antes dividido por categorias de celetistas e estatutários. A "conquista" da aposentadoria integral, celebrada por milhares de funcionários, mas sem a contrapartida do tempo de contribuição, selou o destino futuro da previdência pública. Agora, o mesmo partido propõe uma reforma sumária, presumindo a necessidade de erradicar privilégios. O projeto, de inspiração draconiana, não deixou margem para uma solução transitória, como a que foi aplicada às estatais. Por isso, a reação implacável das corporações. E de fato, se aprovado como está, somente restaria aos quadros públicos a opção do mercado de previdência privada, tornado extremamente promissor, pela expectativa de afluxo dos novos clientes.

A inadequação da ordem jurídica agrava o fenômeno da carência de lideranças. A "Constituição Cidadã" revestiu-se de "cláusulas pétreas", que o constituinte pretendeu perpetuar, à revelia da lei natural do progresso. No capítulo dos direitos individuais, por exemplo, o inciso XVIII do Art. 5º estabelece que: "A criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento". Ao interditar o direito de defesa do Estado, estimulou-se a proliferação de organizações-não-governamentais, hoje calculadas em mais de 700 mil, muitas delas projetadas para atender a interesses ocultos, como os do crime organizado e os dos órgãos de inteligência estrangeiros que operam no território brasileiro.

Com as regras em vigor, nenhum presidente seria capaz de impulsionar as reformas estruturais necessárias. O gigantismo do Legislativo e a complexidade dos interesses partidários conspiram contra a agenda. A ineficácia dos processos age em favor da inércia, quando não impede a aprovação das proposições estratégicas. O poder executivo está submetido a uma dependência perigosa do parlamento, ficando praticamente impossibilitado de aprovar qualquer legislação que afete os interesses dominantes. Em acréscimo, por razões atávicas, a administração pública tem, ainda, de conviver com a hipertrofia da fiscalização dos órgãos de controle. A lei merece ser escoimada de ambiguidades, para simplificar os processos administrativos, assegurar a punibilidade dos corruptos e proteger a gestão pública da ingerência externa.

Por outro lado, a fluidez do "espírito da época" tem estimulado o surgimento de "outsiders" capazes de ameaçar o espaço de poder dos atores do "estamento burocrático", dando ensejo aos balões de ensaio que, inexplicavelmente, surgem do nada. O mais recente foi a proposta de mudança para o regime semipresidencialista, uma solução que nega ao presidente os instrumentos da gestão política, assegurando a manutenção do "status quo".

Em resumo, portanto, a carência maior do Brasil de hoje é de ordem em todas as suas expressões: política, econômica, social e jurídica. E o primeiro passo para alcançá-la é a revisão da Carta Magna.

CATEGORIAS:
Geral Defesa

Comentarios

Comentarios
Caos no BRASIL general. O crime no RIO e no Brasil - A coisa no Brasil está complicada. Desde as ligações clandestinas de energia elétrica, passando por uso de bilhete único de parentes e chegando a atendimento médico com identidade do amigo, são muitos os crimes cometidos por pessoas que se qualificam como honestas e não se furtam de chamar o político que rouba de ladrão. Como esperar que uma sociedade desse tipo seja livre da corrupção rapidamente? É preciso uma reconscientização em toda uma geração.
“PROCURANDO RUMO”. Quem já era nascido à época do regime militar de governo também ouviu muito essa frase. Os supostos intelectuais e os formadores de opiniões se dispunham à exaustão no intuito de denegrir a qualquer preço aquele regime patriótico por excelência. O termo “anos de CHUMBO” marcou com eficácia a atuação dos apátridas e hoje serve de maior arma nas escolas de ensino público civil. Hoje estamos vivendo no regime civil de governo. O legado que prevalece, novamente provoca essa mesma pergunta: “PROCURANDO RUMO”. Estamos inegavelmente nos “anos de CHUCRO”! Os brasileiros foram idiotizados e doutrinados sem os seus prévios consentimentos. Então vem a pergunta: “como achar rumo em mãos erradas de condução”? Um artista popular muito conhecido e ferrenho crítico do regime militar de governo produziu uma música muito executada nas rádios e cantada por milhões. ‘”Apesar de você”, (você) se referia ao governo militar da época. O trecho abaixo da música serve exatamente para retratar como estamos vivendo a mais de trinta anos sob o regime civil de governo, ou seja: na escuridão! Coincidência, não! Só serve mesmo para os tempos atuais. ...Você que inventou esse estado e inventou de inventar toda a escuridão... Em homenagem aos governos militares que foram sistematicamente achacados injustamente e também aos atuais que lutam incansavelmente dentro de nossos valores patrióticos, vai uma proposta de reflexão para quem foi e pretende voltar ao poder e/ou demais coligados na mesma causa. “Apesar de PeTê” AMANHÃ BYE, BYE TIRANIA AMANHÃ BYE, BYE TIRANIA HOJE PeTê É QUE MANDA FALOU TÁ FALADO NEM DÁ SATISFAÇÃO, NÃO. A NOSSA GENTE HOJE ANDA TEMENDO O FUTURO DE TODA NAÇÃO, VIU? PeTê PLANEJOU TODO ESTRAGO PROTEGEU COM BONDADE ALTA CORRUPÇÃO PeTê, UNASUL, FORO SÃO PAULO, INVENTARAM PÁTRIA GRANDE E A DESTRUIÇÃO. APESAR DE PeTê AMANHÃ NÃO VAI SER DE AGONIA. E PERGUNTE AO PeTê COMO VAI SE MANTER NESSA ANTIPATIA? COMO VAI PROSSEGUIR QUANDO A URNA ELETRÔNICA SE EXTINGUIR? MUITA GENTE ACORDANDO E AS SALAS LOTANDO PARA CERTO VOTAR. QUANDO FOR A JULGAMENTO TUDO FRAUDULENTO VAI PAGAR COM JUROS, JUROS! TODO O VALOR DIGERIDO, ESSE CUSTO INDEVIDO, A MANOBRA NO ESCUSO. PeTê QUE ARRUINOU GRANDE EMPRESA AGORA TENHA GRANDEZA E “DESARUINAR” PeTê VAI PAGAR, E É DOBRADO, CADA DINHEIRO DESVIADO NESSE SEU REINAR. APESAR DE PeTê AMANHÃ NÃO VAI SER DE AGONIA. TODOS VÃO PODER VER O BRASIL RENASCER COMO ASSIM SE QUERIA. PeTê VAI SE ENROLAR VENDO O FIM A CHEGAR SEM MAIS RESISTÊNCIA. TODO MUNDO A SORRIR E O POVO A SE PERMITIR ENQUANTO O PeTê DESPENCA. APESAR DE PeTê APESAR DE PeTê AMANHÃ NÃO VAI SER DE AGONIA. PeTê NA C P I PASADENA A EXIGIR PARA SUA AGONIA. COMO VAI SE LIVRAR VENDO TUDO ARRIAR, LIVREMENTE, PERSISTENTE? COMO VAI SUPORTAR TODO O POVO A VAIAR E BEM CONTENTE. APESAR DE PeTê APESAR DE PeTê AMANHÃ NÃO VAI SER DE AGONIA. PeTê VAI TER FINAL, et cetera e tal, La, laiá, la laiá, la laiá…….
Queria entra para o exercito como fasso
Meu nome é Tiago tenho 29 anos e sou Florianópolis, técnico em eletrotécnica e gostaria de entrar para a carreira militar como faço
Que rumo seria aquele pretendido pelo forte apelo em verso musicado amplamente difundido nos meios de comunicações da época? Pelo trecho abaixo nota-se que a sabedoria estava em todos os locais menos nos locais onde o pavilhão verde, amarelo, branco, azul-anil tremulava soberano e com honras dos mais virtuosos dos patriotas. ...Vem, vamos embora, que esperar não é saber Quem sabe faz a hora, não espera acontecer... Até hoje as pessoas que amam de verdade a nossa querida pátria mãe não tem a resposta para onde devia-se ir naquela época. Se por acaso for para Cuba, ainda tem tempo para os desgarrados e apátridas. Façam as suas malas e ...quem sabe faz a hora. Enquanto isso ficaremos aqui mesmo apreciando aquele mesmo sonoro, porém com palavras em versos apontando para o rumo certo. BRASIL, ame-o ou deixe-o. Pra não dizer que não falei das “CORES” Letra REVERSA da música “Pra Não Dizer Que Não Falei Das “FLORES” de Geraldo Vandré Autor: Martins Caminhando e chorando e sentindo aflição somos todos iguais maus políticos não nas escolas, nas ruas campos, construções caminhando e chorando e sentindo aflição. Vem, vamos embora que esperar não é saber quem sabe faz a hora não espera rubro ser. Vem, vamos embora que esperar não é saber quem sabe faz a hora não espera rubro ser. Pelos campos há mortes em ilegais invasões pelas ruas andando civis sem ilusões ainda fazem da cor sua mais forte menção e não enxergam a cor corroendo a nação. Vem, vamos embora que esperar não é saber quem sabe faz a hora não espera rubro ser. Vem, vamos embora que esperar não é saber quem sabe faz a hora não espera rubro ser. Há civis desolados abismados ou não quase todos perdidos de votos na mão maus comícios ensinam uma triste lição de votar de cabresto e colher traição. Vem, vamos embora que esperar não é saber quem sabe faz a hora não espera rubro ser Vem, vamos embora que esperar não é saber quem sabe faz a hora não espera rubro ser. Nas escolas, nas ruas campos, construções somos sempre roubados em impostos ou não caminhando e chorando e sentindo aflição somos todos iguais maus políticos não. O passado não mente as cores também não verde-oliva à frente houve a redenção. caminhando e chorando e sentindo aflição assistindo e escutando só corrupção. Vem, vamos embora que esperar não é saber quem sabe faz a hora não espera rubro ser Vem, vamos embora que esperar não é saber quem sabe faz a hora não espera rubro ser

Navegação de Categorias

Artigos Relacionados