O Vetor de Transformação Logística, assessorando o Comandante Logístico de 2010 a 2012, encerrou suas atividades durante a 278º Reunião do Alto-Comando do Exército (RACE), onde apresentou suas conclusões finais.
Focado no Processo de Transformação e na aplicação do Diagnóstico Organizacional, mecanismo que visa avaliar e detectar nas organizações o seu desempenho, o Vetor de Transformação Logística propôs: o estabelecimento de um Centro de Instrução de Logística Militar Terrestre; a especialização em Logística através da carreira em Y; a Gestão Logística no Exército com base na integração e nas informações logísticas; a reestruturação da Saúde Operacional e a reorganização do Sistema de Transporte, com base na racionalização; e a criação de Grupamentos Logísticos (Gpt Log), permitindo às Regiões Militares dedicarem-se exclusivamente aos encargos administrativos e territoriais.
Tais sugestões colaboraram para os estudos estratégicos do Estado-Maior do Exército, sendo considerados em boa parte pelo Projeto de Força do Exército Brasileiro (PROFORÇA) e, posteriormente, fundamentaram o Objetivo Estratégico do Exército Nº 8, visando um Novo e Efetivo Sistema Logístico Militar Terrestre.
A criação e a ativação dos núcleos dos 3º e 9º Grupamentos Logísticos, por meio das Portarias do Comandante do Exército Nº 872 e 873, ambas de 11 de outubro de 2012, guardam um perfil ainda recente, ensejando a possibilidade de apresentar sugestões e reflexões sobre as oportunidades e desafios atuais.
Nessa perspectiva, as concepções militares terrestres podem integrar-se a outras áreas do conhecimento, como as voltadas para a gestão, governança e abordagem por sistemas, ampliando a visão institucional na busca dos objetivos pretendidos.
No campo da abordagem por sistemas corporativos é possível visualizar o Gpt Log como um sistema, pois por definição considera-se sistema um conjunto interligado de elementos interdependentes com um objetivo comum.
As Organizações Militares logísticas dos Gpt Log, como as de manutenção, suprimento e transporte são elementos sistêmicos, focados na missão síntese de proporcionar o adequado apoio logístico no respectivo Comando Militar de Área
A aplicação do conceito de sistemas nos Gpt Log recomenda que ocorra, inicialmente, a análise das necessidades, a ser feita estritamente por seus beneficiados, no caso pelos elementos apoiados.
Antes de se estabelecer sua organização, deve-se responder às seguintes questões: O que é requerido do Gpt Log ou sistema? Que funções ele executa? Como ele as executa? Quais são as funções principais? Quais são as funções secundárias?
Na abordagem por sistemas, aplicável aos Gpt Log, a forma física da organização deve ser tal que atenda a função, ou propósito, que melhor sirva aos utilizadores de seus serviços, consagrando a assertiva “Form follows function”, ou “A forma segue a função”.
De acordo com o uso do Gpt Log, da sua localização geográfica (onde); do perfil de missão na área (o quê); e dos parâmetros de desempenho operacional, este deve ser organizado.
Não se orienta estruturar, adquirir equipamento, software, ou outro recurso em material ou pessoal sem que as necessidades tenham sido antecipadamente identificadas por seu uso funcional, para que os resultados obtidos representem, de fato, as entregas desejadas.
A visão sistêmica proposta aproxima forma e função, de forma sinérgica, favorecendo um salto de qualidade na prestação do apoio logístico terrestre. Ela ainda sinaliza que a organização dos Gpt Log é apenas parte de um sistema maior, futuramente integrado pelo Centro de Operações Logísticas do Exército e tendo o Comando Logístico como órgão central.
A abordagem por sistemas, mais que um procedimento estático, pode ser vista como um instrumento dinâmico de gestão, formatado sobre uma linha de atuação moderna dos Gpt Log. Afinal, se a tônica da atualidade é a inovação, a inovação pode ser a tônica.
Arcabouço Conceitual Visualizado:
Relação Logística entre a Alta-Administração e a Força Terrestre
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