Cinco anos de uma triste página

Autor: Jornalista Victor Ivo Borges

Quinta, 13 Dezembro 2018
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Há pouco mais de cinco anos, o Brasil e o mundo assistiam, lamentavelmente, a uma de suas maiores tragédias: o incêndio na Boate Kiss, ocorrido em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. 242 pessoas perderam suas vidas e centenas ficaram feridas, jovens em sua grande maioria

A cidade de Santa Maria está localizada no centro do Estado Gaúcho. É polo universitário para alunos que procuram escolas de ensino, almejando futuro alvissareiro para si e, por conseguinte, seus familiares. E foi no inicio do ano de 2013 que, após a apresentação de um show pirotécnico, sonhos e projetos de vida foram interrompidos.

Houve um grande esforço para resgate e salvamento das vítimas, que contou inclusive com apoio das Forças Armadas, sobretudo na transferência de pessoas com queimaduras e intoxicação pela fumaça tóxica oriunda da queima da espuma acústica. As vítimas foram levadas de Santa Maria para Porto Alegre em aviões militares adaptados diretamente para centros de saúde especializados.

Entre os jovens que estavam naquela noite na Kiss, havia militares do Exército que tiveram suas vidas ceifadas. De lá para cá, pais das vítimas e familiares, reunidos em Associação e Núcleos em todo Rio Grande do Sul, pleiteiam por Justiça e alterações nas normativas para a realização de eventos com aglomeração de pessoas. A segurança deve estar no topo das preocupações e das condutas!

Do ponto de vista da marcha processual, há decisões para pagamentos de indenizações e julgamentos em segunda instância pendentes de recursos, mormente, na apuração de responsabilidades criminais. De minha parte, ao escrever “Santa Maria – A Tragédia da Boate Kiss”, busquei oferecer uma reflexão sobre os fatos e oportunizar a manifestação das partes envolvidas, conversando, especialmente, com os jovens nas Universidades. O diálogo proposto versa sobre a necessidade de ficarem atentos quanto às questões de segurança e integridade física nos ambientes de festas e eventos.

Dizia o poeta Olavo Bilac, que “A saudade é a presença da ausência”. A tragédia em Santa Maria é uma dor que jamais passará. É mister nos solidarizarmos com os familiares enlutados e mantermos vigilância com objetivo de evitar que episódios como o referido se repitam.

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