Castello Branco: o homem, o chefe militar, o estadista

Autores: Gen Bda Luiz Eduardo Rocha Paiva
Quinta, 09 Novembro 2017
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​Em 2005, a Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME) completou um século de existência. Na época, eu a comandava e propus, ao Comandante do Exército, que ela recebesse a denominação histórica de "Escola Marechal Castello Branco". Para respaldar a proposta, elaborou-se um documento, no qual foram ressaltadas as qualidades morais, éticas e profissionais do cidadão, chefe militar e estadista, bem como sua forte relação com a Escola. O texto, a seguir, tem o citado documento institucional como fonte, não havendo, portanto, autor específico.

Castello Branco – O homem

Nasceu em Messejana (CE), em 20 de setembro de 1900, filho do Capitão Cândido Borges Castello Branco (mais tarde, General de Brigada) e de Antonieta Alencar, descendente do escritor José de Alencar. Foi educado segundo sólidos princípios e valores morais e éticos, que forjaram caráter íntegro e firme. Esse atributo, a invulgar inteligência, o raciocínio ágil e lúcido e a diferenciada visão estratégica alicerçaram o respeito e a admiração dos que com ele conviveram ou daqueles que estiveram sob sua liderança, no meio civil e na carreira das armas.

Em 1922, casou-se com Argentina Viana, de tradicional família mineira, com quem teve dois filhos - Antonieta e Paulo. Um ano antes de assumir a Presidência da República, quando comandava o IV Exército em Recife (PE), sua esposa faleceu.

Castello Branco – O chefe militar

Foi declarado oficial de Infantaria em 1921 e, desde cedo, segundo o General Octávio Costa, "firmou-se frente aos subordinados pelos valores morais, capacidade intelectual, tenacidade, dedicação integral à missão e competência profissional". Teve longa passagem na Escola Militar do Realengo, formando os cadetes. A primeira vez, na função de instrutor; na segunda, comandando o Curso de Infantaria.

A participação de Castello Branco na Força Expedicionária Brasileira (FEB), desempenhando a função de E3 da 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária, consolidou sua ascendente trajetória profissional. Na Itália, sob pressão extrema, manteve estabilidade emocional e planejou, com habilidade, as grandes vitórias da FEB nos Montes Apeninos e no Vale do Rio Pó. Assim, consolidou seu já elevado conceito entre subordinados, companheiros e chefes militares, brasileiros e estrangeiros.

Foi instrutor, diretor de ensino e comandante da ECEME, conduzindo a elaboração do Manual de Estado-Maior e Ordens e do Regulamento de Operações; e a atualização do Método de Trabalho de Comando. Orientou a evolução da doutrina de concepção francesa, da 1ª Grande Guerra para a norte-americana, emergida nos anos 1940. Teve o mérito de adaptar essa última às características e aos desafios futuros do Exército Brasileiro.

Cultuava a tradição, mas suas palavras mostram que sabia distingui-la de rotina: "A rotina é a tradição corrompida, deturpada e morta, ao passo que a tradição é a conservação do passado vivo. É a luta contra a morte do passado. É a entrega, a uma geração, dos frutos da geração passada. Separar o que merece durar. Deixar sair o que merece perecer".

Castello Branco – O estadista

No cenário conturbado que levou ao vitorioso Movimento Civil-Militar de 31 de Março de 1964, foi o líder naturalmente escolhido pelos pares e acolhido, no nível político, para conduzir os destinos do País, ao ser eleito presidente pelo Congresso Nacional, mantido aberto pelo Comando Revolucionário. Sua atuação na Presidência da República estabeleceu as bases para o extraordinário desenvolvimento que elevou o Brasil, nos anos seguintes, da 48ª para a 8ª economia mundial. Por outro lado, foi exemplo do que deve ser o caráter de todos os que ascendem à liderança em qualquer instituição ou nação.

Seu discurso de despedida da Presidência da República revela um verdadeiro estadista:
"Não quis nem usei o poder como instrumento de prepotência. Não quis nem usei o poder para a glória pessoal ou a vaidade dos fáceis aplausos. Dele nunca me servi. Usei-o, sim, para salvar as instituições, defender o princípio da autoridade, extinguir privilégios, corrigir as vacilações do passado e plantar com paciência as sementes que farão a grandeza do futuro [...]. E se não me foi penoso fazê-lo, pois jamais é penoso cumprirmos o nosso dever, a verdade é que nunca faltaram os que insistem em preferir sacrificar a segurança do futuro em troca de efêmeras vantagens do presente, bem como os que põem as ambições pessoais acima dos interesses da Pátria. De uns e outros desejo esquecer-me, pois a única lembrança que conservarei para sempre é a do extraordinário povo, que na sua generosidade e no seu patriotismo, compreensivo face aos sacrifícios e forte nos sofrimentos, ajudou-me a trabalhar com lealdade e com honra para que o Brasil não demore a ser a grande nação almejada por todos nós."

Este é um pequeno resumo do que foi Castello Branco - o homem, o chefe militar e o estadista.
Que falta faz um cidadão desse naipe na liderança política, nesse cenário conturbado e ameaçador como o vivido no Brasil de hoje!

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Comentarios

Comentarios
Generais façam alguma coisa pelo Brasil , estamos sendo governados por uma quadrilha, o povo não aguenta mais tanta impunidade!!!!!
Com todo o respeito Sr. General Luiz Eduardo Rocha Paiva, concordo plenamente que um Comandante como Castelo Branco faz muitíssima falta, mas exemplos podem ser seguidos e isso está mais do que estampado no coração dos brasileiros de bem. Posso citar Mourão (pai) e agora Mourão (filho). Creio que o despertar da luta patriótica seja uma missão para os que compreendem a altura, largura e profundidade desta questão. Muitos cidadãos de bem estão constantemente pedindo SOS FFAA. Mourão filho e tantos outros graduados estão conscientes da imensa necessidade de ruptura do quadro executivo, legislativo e judiciário atuais. Quanto ao povo da época de Castelo Branco, a coisa mudou bastante. Não podemos negar o terrível estado de imbecilidade a que foram submetidas gerações que vieram após 64. Hoje 13/15/17 vivemos a expectativa que o movimento de clamor por uma intervenção militar do dia 15/11 logre a pujança e a visibilidade necessárias a ponto de alcançar o objetivo final...a liberdade e a reconstrução do Brasil. A grosso modo entendo que o povo brasileiro está dividido em 4 partes. 1) Os que são totalmente contra uma ruptura, pois seus interesses estão justamente na manutenção deste quadro caótico atual. 2) Os que acreditam que a "falsa democracia" pode se reinventar a si mesma com eleições. Acrescenta-se a isso a ideia de que as "instituições" estejam funcionando. 3) Um povo que vive à margem da informação e da realidade. Por essa causa se mostra inerte e nos mesmos estados da água... incolor, insípido e inodoro. Por último o 4) O povo que sobrou de consciência crítica. Um grupo que não aceita continuar sendo vilipendiado pela corrupção endêmica e sistêmica atualmente em vigor. Um grupo que ousa clamar por justiça. Entendo que na maioria cristãos. Amantes da liberdade, da ordem e do progresso. Muitos possuem idade equivalente aos graduados de alta patente que respondem pelo alto comando das FFAA. Esse último grupo busca legitimar a INTERVENÇÃO por força da constituição que em seu primeiro artigo determina que o TODO o PODER emana do povo. Vejamos, o grupo totalmente contrário a INTERVENÇÃO é o menor de todos. Ainda está no poder e apenas por essa causa, acaba se impondo aos outros 207 milhões restantes - 99,9999%. Me parece que se as FFAA não tomar providências, ninguém poderá ... então haverá então um abandono de INCAPAZ !!!
Todos os ex-presidentes militares devem estar muito tristes lá no campo dos eternos. Essa hipocrisia sem limites um dia será julgada e punida. O povo brasileiro em breve se despertará para a realidade. Só os políticos idiotas ainda não se atinaram para essa situação gravíssima que se instalou no seio da Pátria. Infelizes deles. -Os chanceleres da União Europeia (UE) adotaram nesta segunda-feira uma série de sanções contra a Venezuela. Dentre as medidas, incluem-se a proibição de vendas de armas ao país sul-americano, além do possível congelamento de ativos de algumas das suas autoridades. -O ministro da Defesa Raul Jungmann, disse que o Brasil não aceitará intervenção de potências estrangeiras na Venezuela. -Por pouco, Raul Jungmann não entregou o boné durante a crise criada, “crise dentro da verdade claro”, pelo general Hamilton Mourão, aquele que defendeu uma possível intervenção militar no Brasil. -A presença de militares na Amazônia foi motivo de críticas, por exemplo, do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) -Mesmo com a fala do senador Lindbergh e ainda com aquela história do golpe e do governo ilegítimo do Temer, PT e PMDB já negociam alianças para as eleições de 2018 em pelo menos cinco dos nove Estados do Nordeste. -Irritado com Lindbergh Farias, Lula afirma: " Esse garoto não tem futuro ". “O Brasil não é um país sério”, Frase popularmente atribuída a Charles de Gaulle. -Lei de Murphy, no caso do Brasil: se uma coisa pode dar errado..., já deu! -ESTÁ NA HORA DE CONSERTAR, INTERVENÇÃO MILITAR JÁ!
Amanhã 15 de novembro será dia do aniversário da Proclamação da "destruída" República Federativa do Brasil. Desde a volta do governo civil ao poder, que o país nunca passou de um mero ocupante de terceiro mundo. Se existir o quarto mundo, estamos ao encontro dele em largas passadas se algo muito retumbante não acontecer por iniciativa dos três poderes constituídos, para corrigir a sua trajetória. Aquela historinha pra boi dormir de que houve golpe, na verdade houve sim, um golpe em cima do povo brasileiro. PMDB, PT, PSDB e outros são na verdade um por todos e todos por um, tal qual os três poderes, mosqueteiros, digo. "Salve o lindo pendão da GASTANÇA". É muito triste e revoltante saber que um ex-presidente que teve a oportunidade única nas mãos de passar para a história como o maior representante da classe trabalhadora do Brasil eleito pelo voto direto com votação esmagadora, jogou no lixo toda a esperança que um povo alcança. Enquanto o suposto governo golpista passa o tempo integral em se defender de maus feitos e com uma mesma pauta de sempre e contrária aos anseios de aposentadoria dos já sofridos e humilhados trabalhadores, vem a notícia de que um defendido e obscuro país vizinho, deu um calote por enquanto de 262 milhões de dólares aos cofres públicos brasileiro. Será que episódio da refinaria da Petrobras na Bolívia foi só um sustinho? Será que o citado governo do país caloteiro merece uma salva de palmas tal qual pedida por esse ex-presidente civil? Nesse sentido, o povo brasileiro caloteado merece uma salva de vaias por não saber nem escovar os dentes, quanto mais eleger presidentes. Brazuela eu estou aqui !?
PARABÉNS PARA O NOSSO CAMARADA T.73/INF - GEN ROCHA PAIVA PELA PROPOSIÇÃO DO NOME DO ÍNCLITO MARECHAL HUMBERTO DE ALENCAR CASTELO BRANCO COMO DESIGNAÇÃO HISTÓRICO PARA A ECEME. NOSSA TURMA DE FORMAÇÃO (MAR. COSTA E SILVA) TEM UM GRANDE ORGULHO DE NOSSOS LÍDERES ATUAIS, QUE HONRARAM AS PROFÉTICAS PALAVRAS DO GENERAL MEIRA MATOS, POR OCASIÃO DO NOSSO ESPADIM. TIVE A HONRA DE CONHECER PESSOALMENTE O MAL. PAIVA, NUMA VISITA QUE ELE FEZ NO MD. ALÉM DE ALGUMAS PALAVRAS VALIOSAS EM QUE ELE FALOU SOBRE SUA EXPERIÊNCIA NA FEB, COMO CAPITÃO DE INFANTARIA, ELE DEMONSTROU TODO O CARINHO E RESPEITO QUE TINHA PELO SEU FILHO. ENTÃO, O DITADO DE "A FRUTA BOA NÃO CAI LONGE DO PÉ"SE CONCRETIZOU: OS MESMOS VALORES, A MESMA CORAGEM FÍSICA E MORAL E VALORES CULTUADOS PELO NOSSO QUERIDO EXÉRCITO BRASILEIRO!
Assim como foi o grande homem, o grande militar, o grande estadista Castello Branco, outro ou outros surgirão. É só uma questão de tempo. O marco zero desse novo tempo está começando nesse 15 de novembro de 2017. Data do aniversário da proclamação da república hoje tão vilipendiada por nada mais que NINGUÉM. Li em algum lugar não me lembro agora, a pergunta: político, sinônimo do quê mesmo? Pensei, pensei e concluí que o sinônimo mais adequado é NINGUÉM. NINGUÉM engana por muito tempo. A história não deixa mentir. O fim desse tempo está próximo. https://www.youtube.com/watch?v=vGhmqFWjUB8
Precisamos novamente de Generais como Castello Branco. O POVO BRASILEIRO CLAMA POR INTERVENÇÃO MILITAR: NÃO AGUENTAMOS MAIS VER A DESTRUIÇÃO DO PAÍS ...
VAI FALTA ALIMENTO ESTÃO DESTRUINDO NOSSAS FAZENDA !!!! TODOS NOSSAS FABRICAS BRASILEIRAS ESTÃO FECHANDO NOS AJUDE TE ROGAMOS SOS FFAA !!!
SENHORES!!!! VOLTEM POR FAVOR!!! O BRASIL PRECISA DE VOCÊS!!! NÃO DEIXEM QUE ELES DESTRUAM O NOSSO PAÍS.
General Rocha Paiva, o Senhor está escalado para dar um alô aos seu comandados da 1ª Cia Fzo/13 BIB, dos anos de 77/78
Grande estadista que teve uma morte até hoje tida como suspeita, né? Parece que insistia em devolver o poder aos civis...
Costa e Silva emparedou Castelo Branco. Havia os Castelistas, moderados e a linha dura encabeçada por Costa e Silva. Castelo Branco passou o comando da nação a contragosto. O Tenente Malan da FAB pilotava a aeronave que colidiu com o avião que conduzia o marechal. Tudo muito estranho.

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