A Rádio Verde-Oliva cresce tanto quanto a mídia rádio

Autor: Tenente Joel Carvalho de Aguiar

Quarta, 16 Março 2022
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A Rádio Verde-Oliva FM (RVO), 98.7, de Brasília (DF), pioneira do Sistema Verde-Oliva de Rádio (SISVOR) do Centro de Comunicação Social do Exército, foi, durante mais de 15 anos, a única representante do Exército Brasileiro na radiodifusão brasileira. Agora, esse trabalho é desenvolvido, também, pelas emissoras afiliadas.

Além da RVO Brasília, 98.7 MHz, o SISVOR possui a 98.3 MHz – Manaus (AM); e a 88.1 MHz - Três Corações (MG). Entrarão em operação a 92.3 MHz – Resende (RJ) e outras emissoras, todas em FM, trabalhando, com estratégia, pela imagem da Força Terrestre, conquistando audiência, tocando boa música, prestando informação relevante ao ouvinte, ganhando audiência qualificada e projetando as mensagens do Exército.

O papel dessa Rádio da Força Terrestre é significativo, sendo realizado com simplicidade e eficiência. No ano do aniversário de 20 anos dessa reconhecida emissora e de formulação e regulação do SISVOR, é significativo analisar o caminho percorrido, comemorar as vitórias alcançadas e vislumbrar as possibilidades do futuro.

No presente artigo, pretende-se analisar o que tem acontecido no cenário atual do rádio brasileiro e mostrar como o SISVOR tem percorrido seu caminho e ocupado o seu espaço.

Antes de tudo, é importante deixar clara a nossa compreensão de que os trabalhos de Comunicação Social, principalmente os que temos acompanhado nesses 20 anos de Rádio Verde-Oliva, são coletivos. Normalmente, são fruto de distintos talentos: na voz, no texto, no timbre, nos conhecimentos tecnológicos e no relacionamento entre profissionais das mais distintas formações. As pessoas que fazem parte do SISVOR são abnegadas; elas têm uma característica em comum: o amor pelo fazer bem-feito, desde as mais simples até as mais complexas atividades. Para que entendamos a beleza do caudal de um rio, é preciso compreender como ele foi formado.

Para compreender o Sistema Verde-Oliva, é interessante ler o livro do Coronel veterano Roberto Itamar Plum intitulado: “Rádio Verde-Oliva no Ar, a primeira emissora de rádio das Forças Armadas brasileiras”. Já para entender a Rádio Verde-Oliva, o caminho mais curto é ouvi-la, seja no dial 98.7, que é central na faixa FM em Brasília, seja nos equipamentos e aparelhos que acessam o streaming por meio da internet. Depois de percorrido esse caminho, pergunta-se: que tipo de rádio estamos produzindo, segundo os estudiosos do rádio? Por que se chegou a esse formato? Vale a pena seguir investindo em rádio?

Logo, para responder à primeira pergunta, lançamos mão da classificação de um dos estudiosos do rádio, Artur da Távola (apud OTRIWANO, 1985), que propôs os conceitos de rádios de baixa e alta estimulação de acordo com as características e tendências de programação de cada emissora. Por um lado, as rádios de baixa estimulação, como as do SISVOR, são voltadas para o lazer e têm por objetivo atingir uma gama maior de ouvintes, priorizando o entretenimento em sua programação. Geralmente a fala é elaborada e um pouco distante do coloquial. Por outro lado, as emissoras de alta estimulação possuem caráter mobilizador, como as populares, as comunitárias e as all news. Priorizam o imediatismo na divulgação das notícias, levando o fato ao ar de forma instantânea.

Ademais, aprofundando o tipo de rádio que estamos fazendo, chegamos ao termo “rádio adulta contemporânea”. Em Brasília, estariam enquadradas nesse termo a Rádio Verde-Oliva, a Nova Brasil, a Antena 1, a Alpha FM, a Executiva e a Rádio Força Aérea.

Para responder nossa segunda pergunta, concluímos que o atual formato das rádios do SISVOR, adultas contemporâneas, foi alcançado por ser uma rádio que representa o Exército Brasileiro e que atua por meio dos diferentes termos de cooperação com a Fundação Cultural Exército Brasileiro e com a Fundação Habitacional do Exército (FHE POUPEX). O atual formato atende aos seus anseios institucionais, culturais e operacionais.

A terceira e última pergunta é se vale a pena continuar investindo em rádio. A resposta é sim. O primeiro fator a se levar em conta é o porquê 80% das pessoas ouvem rádio nas regiões metropolitanas pesquisadas pela KANTAR/IBOPE MEDIA, conforme o Inside Rádio 2021, recentemente publicado. Segundo essa pesquisa, o dio é ouvido, em média, por 4h26min todos os dias. Vale ressaltar que três em cada cinco ouvintes ouvem rádio todos os dias. O segundo aspecto a se considerar é o seguinte: o rádio é a mídia que mais tem ganhado credibilidade, chegando no Inside Rádio 2021 a 64%, tendo ganhado 43% em relação ao Inside Rádio 2020. O terceiro fator que corrobora o investimento no rádio é sua adaptabilidade. O meio é um emissor de sons. Com as novas possibilidades tecnológicas, o formato de divulgação de áudios vem se modificando e se ampliando com a internet. A audiência não usa apenas o receptor tradicional, mas se adapta às diferentes possibilidades de acesso ao conteúdo radiofônico.

Portanto, rendemos nossa homenagem e nosso reconhecimento a todos que atuaram e atuam, direta ou indiretamente, para que a RVO e o SISVOR estejam no atual patamar. A primeira, pioneira das FA, é uma emissora reconhecida em Brasília, estando entre as dez mais ouvidas na capital federal, segundo o Kantar-IBOPE. O segundo, o SISVOR, está em plena ampliação, fazendo com que suas afiliadas caminhem com suas próprias pernas, sem perder a unidade e a ideia presente desde a gênese de sua missão: “produzir e transmitir uma programação de conteúdos de qualidade, por meio de músicas, notícias, informações institucionais, que aproxime o Exército da sociedade, contribuindo para educação, cultura e civismo dos ouvintes” (Plano de Marketing da Rádio Verde-Oliva. Brasília, 2002).

 “Verde-Oliva Brasília, 20 anos de sinal verde para a boa música, e informação confiável”

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E ondas curtas?
A facilidade de acesso ao Rádio via aparelho, carro e, atualmente, internet, amplia sobremaneira a transmissão do entretenimento e da informação aos diversos públicos, o que torna esse meio tão popular e atual. Diante disso, a Rádio Verde-Oliva apresenta-se como uma das mais importantes ferramentas de divulgação do Exército Brasileiro. Parabéns pelo Artigo!
Nunca ouvi falar da rádio Verde-Oliva; até agora; é em todo território nacional e é totalmente independente da rádio nacional do gov? Selva! #IntervencaoMilitarJa
Ola, excelente artigo. Voces pensam em transmitir em ondas curtas? Creio ser extrategico no caso na necessidade de transmitir informacoes e nao haver disposicao de internet. Normalmente a transmissao via FM eh bem limitada. Parabens, tenho ouvido pela web.
Ouço a Rádio Verde Oliva desde 2016 quando cheguei à Brasília. Hoje, moro em Uberlândia-MG e contiuo sendo ouvinte, agora, pela internet. Programação musical de qualdade, educação e valorização do nosso Exercíto Brasileiro.

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