29 set 06: 1 minuto de pânico, 2 décadas de lembranças

Autores: Coronel R1 José Arnon dos Santos Guerra
Quarta, 25 Setembro 2024
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Era uma tarde de sexta-feira comum em Manaus, muito quente, com duas horas de defasagem do restante do Brasil, estranhamente sem chuva. O céu estava limpo em quase todo o País.


O meio expediente no Comando Militar da Amazônia (CMA) estava como o tipicamente amazônico, sem hora para terminar, quando terminava. Naquele dia, não terminou.

À tarde, os militares voltavam para suas casas, uns para os bairros da capital, outros para bem longe dali. Havia os que foram a trabalho pela Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e retornavam para o Rio de Janeiro, após concluírem um Exercício no Terreno. A semana foi animada por uma reunião entre companheiros que há muito não se viam. Para alguns, infelizmente, foi o último encontro.

Eram mais ou menos 16h30 quando liguei para minha esposa, perguntando se ela queria que eu comprasse algo para as crianças no caminho de casa:

- Você viu que um avião da Gol sumiu do radar? ­ – foram suas primeiras palavras, sem esperar pelas minhas. Respondi-lhe que não; fui para o estacionamento; embarquei; liguei o carro e o rádio; dirigi ouvindo as notícias. Como eu, milhões de brasileiros estavam apreensivos.

As 154 pessoas que estavam no voo Gol 1907 partiram, provavelmente imaginando, ao embarcar, que, no fim de semana, assistiriam a um filme com a família, jantariam com amigos, pegariam uma praia, preencheriam relatórios para suas empresas ou atualizariam o NOTAM em uma roda de chope, como é dito entre os militares em seu linguajar de caserna. Os passageiros e a tripulação nunca chegaram aos seus destinos, após o fatídico encontro com o Legacy que ia de São José dos Campos para Manaus, em sentido contrário.

Antes que a noite terminasse, a Força Aérea Brasileira (FAB) mobilizou-se para uma operação de Busca e Salvamento, sabidamente complicada. Com o apoio do CMA, foi acionado um helicóptero HM-2 Black Hawk do 4º Batalhão de Aviação do Exército para um difícil deslocamento noturno até a região onde o avião havia desaparecido.

No dia seguinte, pela manhã, essa equipe foi a primeira a avistar o desastre. Impossibilitados de pousar de imediato e diante do óbvio visto do alto, os militares lançaram uma dupla por fast-rope, que abriu uma clareira, enquanto a aeronave pairava no ar; o restante dos homens desceu depois. O cenário era desolador: havia um forte cheiro de querosene misturado ao da mata queimada e ao do carregamento de um tipo de unguento; a confusão das bagagens e dos destroços contrastava com o silêncio absoluto das vidas perdidas.

Sem qualquer interrupção, a Força Aérea e o Exército carrearam seus meios para o local com rapidez. Em poucas horas, montou-se o esforço para garantir o respeito aos despojos dos que padeceram. Acionado pelo Chefe do Estado-Maior do CMA, General Ferreira, a pedido do Brigadeiro Xavier, Comandante do VII Comando Aéreo Regional, o então Major Brayner, em apenas 4 (quatro) horas de aprestamento, deslocou-se com a equipe precursora do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), iniciando as buscas no dia seguinte, sob a ordem do General Cerqueira, Comandante do CMA:

- Vamos manter nosso pessoal lá até todos serem encontrados! A ordem foi simples, breve e clara para resolver um problema complexo e longo. Foram 48 dias!

Para quem estava nos bastidores da operação, as informações chegavam aos poucos, algumas da imprensa, outras do pessoal na clareira, que coletava de tudo: pertences, que foram devolvidos às famílias; destroços para investigação aérea; documentos pessoais e institucionais; e até segmentos corporais para exames de DNA. As notícias do Campo de Provas Brigadeiro Veloso, em Novo Progresso (PA), eram tristes, contudo, a certeza de que a FAB e o Exército cumpririam a missão atenuava o abatimento dos brasileiros.

Daqueles dias, um detalhe ainda me chama a atenção: um dos nossos colegas a bordo, após o choque entre as aeronaves e em meio ao horror que se instalou subitamente, imagino que teve um momento para pensar, então acondicionou sua identidade na frente da calça, prevendo as consequências dos seus derradeiros momentos. Há tempos me intriga sua atitude racional diante do desespero. O que me vem à mente é que ele decidiu reduzir o sofrimento de sua família na espera por suas notícias, e conseguiu! Foi um dos primeiros a ser identificado!

Há outras histórias desse trágico acidente da aviação civil brasileira, contudo, ninguém conseguiu contá-las como as que vimos, ouvimos e sentimos.

Do dia 29 de setembro de 2006, há quase duas décadas, o longo minuto de pânico que se instalou a bordo do GOL 1907 ainda ecoa em recordações que contam aflições e medos vividos por quem partiu cedo demais, sem se despedir. Essas lembranças foram cobertas pela poeira do tempo, mas nunca esquecidas pelos profissionais que operaram em meio à selva, entre eles, militares que permitiram às famílias pesarosas encerrarem aquele dia, proporcionando dignidade para as pessoas que amavam.

Outros detalhes:

- a Operação Conjunta da FAB e do Exército desdobrou-se no Campo de Provas Brigadeiro Veloso (Base Aérea do Cachimbo), onde ficou a coordenação-geral; na Base de Operações Avançada, na ⁠Fazenda Jarinã (Peixoto de Azevedo-PA), onde as tropas estacionaram para revezamentos; e na Clareira do Acidente, com, diariamente, 1 (um) Pelotão do 1º Batalhão de Infantaria de Selva;

- a caixa-preta da aeronave foi encontrada com os meios de desminagem do 1º Batalhão de Engenharia de Combate (Escola), do Rio de Janeiro-RJ;

- as tropas também receberam, dentre outros, o apoio de uma equipe de peritos forenses do IML, de Salvador-BA, e da companhia aérea; e

- o Exército perdeu 5 militares no voo; as cinzas de um deles foi lançada em uma cerimônia no Lago Tefé, em Tefé-AM.

Fontes:

  1. Precipitação Observada. CENTRO DE PREVISÃO DE TEMPO E ESTUDOS CLIMÁTICOS, 2006. Brasil. Disponível em: https://clima1.cptec.inpe.br/monitoramentobrasil/pt. Acesso em: 11/06/24.

  2. Cel Mário Flávio de Albuquerque Brayner, RELATOS DA OPERAÇÃO DE RESGATE DO VOO 1907. Entrevista em 08/11/14.

CATEGORIAS:
História

Comentarios

Comentarios

Boa tarde, Coronel Guerra.

Li com atenção o seu artigo.

Nessa época, exercia o cargo de Chefe da 3ª Seção/CMA e o então Major Brayner trabalhava comigo, como Adjunto.

A designação do Major Brayner pelo General Ferreira se deveu a sua vasta experiência em Operações na Selva.

Esse artigo nos traz reflexões importantes,

1º) A operação conjunta da Força Aérea Brasileira e do Exército Brasileiro demonstrou que as Forças Armadas sempre estarão prontas para socorrer e defender os seus cidadãos em qualquer lugar e hora.

2º) A recordação acerca dos amigos e companheiros de farda que perdemos naquele voo.

3º) A interação de órgãos civis e militares para o desfecho satisfatório da missão e minoração do sofrimento daqueles que perderam os seus entes queridos. 

Gratidão, Coronel Guerra por mais esse artigo brilhante.

Fernando Luiz Cunha - Coronel da Reserva Remunerada do Exército

Lamentável: Uma história muiiiiiito triste, dolorida demais.

Coronel Guerra, eu bem sei que o senhor ja vivenciou muitas e muitas coisas em todos esses longo anos de trabalho e e dedicação na sua carreria de sucesso! O senhor sabe o quanto eu gosto de ouvir com atenção suas vivencias de vida, tudo para mim sempre foi e sempre será um aprendizado muito grande. Fico imaginando essas coisas que já passou, e me sentindo no meio de tudo, como a da queda desse avião, tenho certeza que ficou na memória e no coração de todos que participaram dessa tarefa. O dever de serviço cumprido, aquele sensação de "conseguimos vencer mais uma guerra!!"  Parabéns, o senhor está mandando bem nesses artigos que está fazendo. Forte abraço meu querido amigo!

Impressionante relato do Cel Guerra. Triste, mas necessária memória do acidente, que ceifou a vida de tantas pessoas. Cada uma delas tinha família, amigos e muitos deixaram filhos menores. Agora sei que, entre eles, havia 5 companheiros de farda. Grato, Cel Guerra. 🇧🇷

Mais excelente artigo.

Mais um excelente artigo do Nosso amigo Guerra, Nele fica caracterizada uma das inúmeras participações das FFAA e de Segurança em apoio à população brasileira. Parabéns e que venham outros artigos!!!

Parabéns pelo relato, Guerra. Uma tragédia que provocou mudanças em procedimentos de segurança na aviação civil brasileira. As diversas medidas adotadas reduziram os riscos de novos acidentes parecidos.

Este artigo, mostra a complexidade de como um evento traumático pode moldar nossas vidas e memórias ao longo do tempo. É impressionante pensar que um único minuto pode desencadear um ciclo de lembranças que perdura por décadas. Essa reflexão nos faz lembrar que, embora o pânico possa ser imediato e avassalador, a forma como lidamos com essas experiências pode nos ensinar sobre resiliência e crescimento. É um assunto que nunca ouvi falar, mas bastante importante e interessante. Graças a estes artigos que o Cel escreve, que fico ciente  de assuntos bastantes cativantes, formidáveis, simpáticos, respeitáveis e solenes.

Relato importante! Memória para não ser apagada!

Ainda que o evento relembrado seja triste, registra a absoluta presteza dos meios militares no atendimento ao trágico acidente, logrando êxito na redução da aflição das famílias.

Triste episódio, mas que não merecendo esquecimento, foi narrado com dignidade e respeito a todos.

Parabéns!!!

 

Boa tarde Guerra, o fato é bem triste, lembro bem dos companheiros de farda que partiram, mas os detalhes que você narra, nos faz de fato meditar. Parabéns! Selva!

Conheci um militar que estava nesse voo. Um grande amigo. O que incomoda é a falta de consequência. Um ótimo artigo. Parabéns!

Relato importante! As Memórias são relavantes.

 

Boa tarde, Cel Guerra!

Seu texto é profundamente comovente e habilmente construído, trazendo à tona a dimensão humana de uma tragédia que marcou a história do Brasil.

Parabéns por ter escrito um texto tão poderoso, que honra a memória daqueles que partiram e destaca a dignidade e a coragem dos que ficaram. Seu trabalho é uma lembrança duradoura da importância da empatia e do respeito em meio à adversidade.

Um texto muito bem escrito, que de forma maestral homenageia todas as pessoas que tiveram suas vidas encerradas, nesta terra, para continuarem suas jornadas na glória celestial.

Parabéns, Cel GUERRA!

Mais um artigo descrevendo fatos reais de forma clara, precisa e concisa.

Que venham outros...

 

Excelente relato! Oportunidade para lembrarmos das nossas vítimas e verificarmos a atuação da mão amiga do nosso Exército Brasileiro.

 

Relato Historico, que mais uma vez comprova a complexidade das Ações e do emprego do Exército Brasileiro.  Seja como Braço Forte , seja como mão Amiga. 

Lembrança de um triste momento da aviação comercial brasileira, talvez o mais lebrado na atualidade, porém sob uma ótica diferente da que estamos acostumados. Selva Comandante!

Artigo muito bom. É importante lembrarmos fatos, mesmo que dolorosos, que demonstram a dedicação dos nossos militares. Minha continência a todos os envolvidos na missão.

Vôo 1907.... esse acidente me pegou demais, ainda mais diante do contexto que se viu com a divulgação das causas, principalmente por conta do Legacy americano 

Relato emocionante e importante para manter a memória das vítimas viva, trazer reflexões relevantes e suscitar aprendizados para todos nós. PARABÉNS, Cel. Arnon Guerra!

Nos acidentes aéreos, como este de 2006, há uma mescla de imprudência e fatalidade. Mas nos incêndios florestais atuais, qur também nos entristece, há uma combinação de imprudência com crime. 

Excelente relato Cel. Lendo as palavras do sr, recordo-me de quando perdemos o nosso Tenente Nogueira, se não em situação similar, mas igualmente trágica e que demandou muito equilíbrio de todos. Foi uma honra ter servido com o sr em um momento desses. Forte abraço Cmt!

Maj Andrade - Aluno da ECEME

Excelente artigo! Típica história que precisa ser contada. Tive a triste, mas grata satisfação de estar entre aqueles que labutaram nessa árdua e exitosa missão de resgate. Os cerca de 30 dias que lá permaneci ficaram profundamente guardados em minha memória!

Eu tinha apenas 3 anos quando o acidente aconteceu, mas ao ler esse texto, senti toda a aflição e comoção dessa tragédia. Coronel Guerra, o senhor revela uma escrita que combina precisamente o relato técnico e o lado humano da história, permitindo-nos sentir o impacto da perda e o heroísmo daqueles envolvidos na missão de resgate. Com sua habilidade de contar os fatos, nos transporta para os bastidores da operação e, de maneira comovente, prestando uma homenagem tanto às vítimas quanto aos militares que atuaram com bravura para dar dignidade às famílias. E, a memória do colega que, em meio ao caos, pensou em poupar o sofrimento de seus entes queridos é especialmente tocante, mostrando como, até em seus momentos finais, a humanidade prevalece.

O exército Brasileiro, sempre pronta para executar as missões passada, parabéns.

Guerra boa tarde.  Perdi um grande amigo e companheiro da ECEME, TC Ramalho, nesse fatídico acidente. Uma área de selva e de difícil acesso.  A prontidão do CMA para o auxílio nas buscas, certamente, veio a diminuir o sofrimento dos familiares!

Um abraço! Selva!

 

Para a maior parte das pessoas, acontecimentos como esses se perdem na esteira tempo; não para familiares e amigos dos envolvidos.

Lembro bem desse acidente. Uma coisa chocante. Não conheço a região Norte, mas sei que é uma região de difícil acesso, apresentando grande desafio para esse tipo de operação. Felizmente, o Exército e a FAB contam com unidades altamente treinadas para atuarem em terrenos como esse. A rapidez nos deslocamentos desse vulto mostra muito bem o grau de adestramento dos militares envolvidos. Quando solicitados, deixam seus entes queridos em casa e partem com a finalidade de amenizar o sofrimento dos familiares das vítimas, demonstrando grande empatia para com seus semelhantes.

Episódios como os narrados no artigo acima mostram o quão pequenos somos diante do mistério da vida, e porque devemos cultivar a humildade. Num instante, tudo desaparece; ninguém sabe o que acontecerá daqui a um segundo.

​​​​​​​Excelente artigo, Cel Guerra

Cel. Guerra, sempre fiel a história e realmente um acidente muito triste muitas vidas foram ceifadas e muitas famílias enlutadas, se não tiver pessoas como o senhor sempre atento e preocupado para que não se percam também a história raramente é lembrado.

Texto claro e objetivo muito bom, parabéns!

Márcia Chaves.

Boa noite Coronel! Obrigado por fazer-nos lembrar das pessoas que pereceram  nesse triste episódio aeronáutico. Espera-se que ensinamentos sejam colhidos para que nunca mais acidentes dessa natureza ocorram. No texto também fica evidente a necessidade e importância de forças operacionais para atuar nessas catástrofes aéreas e pessoas. 

Nessa época eu havia iniciado como servente de limpeza na ANAC,e vi muitos familiares fazerem vigília pedindo explicação,o diretor presidente na época sendo exonerado, reportem invadindo a ANAC disfarçado, atrás de notícias nos bastidores,um monte de gente sofrendo a perda,outras atrás de matérias sensacionalista.Mas o que até hoje me faz chorar e lembrar das mães querendo uma resposta pra algo tão dolorido .

Acredito para os militares na operação era muito mas difícil, porque eles não viam só as famílias sofrendo,eles viram a tragédia em si.

Parabéns pela matéria 👏. 

 

 

Excelente, artigo!

Torna público aquilo que a grande maioria da população brasileira desconhece sobre esse trágico acidente.

Que excelente texto, tanto os aspectos técnicos quanto os emocionais, principalmente ao compartilhar as memórias de quem participou dessa missão.

Parabéns Cel Guerra por mais um artigo que, independente dos tristes e melancólicos fatos, mostra a capacidade de pronta resposta da força de nossa Força! Esse episódio me traz lembranças profundas, na medida que faz parte da minha história! Naquela ocasião eu era instrutor da ECEME e encerrávamos o exercício do curso de Comando e Estado-Maior em ambiente de selva! Naquele fatídico dia, aguardávamos o embarque no C-130 da FAB, que até às vésperas, encontrava-se em pane em Belém-PA. Isto motivou a decisão do Cmt da ECEME, Gen Rocha Paiva, de comprar 12 passagens aéreas naquele voo 1907, para oficiais instrutores da ECEME, a fim de retornarem antes ao Rio de Janeiro, para preparação das atividades escolares da próxima semana! Por obra do Grande Arquiteto do Universo, Deus, a FAB, no dia anterior, nos comunicou a disponibilidade da aeronave, cuja pane havia sido sanada, embora nosso embarque no voo 1907 já estivesse certo, e que por isso foi cancelado! Naquela noite, na Base Aérea de Manaus, após a comunicação do Gen Rocha Paiva de que o voo da GOL estava desaparecido e de que havia chances de que tivesse caído, lembro de ter imediatamente ajoelhado e agradecido ao meu Deus a nova oportunidade que havia me dado, pois eu estava no manifesto de embarque daquela aeronave, juntamente com outros 11 companheiros, instrutores! Aos companheiros de farda do EME e do COLOG, e de todos os outros passageiros que  perderam suas vidas naquele dia, presto meu respeito por meio de minha continência, ao som do toque de silêncio! Cel R1 Alfredo Bottino

Esse trágico acidente nos faz refletir sobre como a vida é tênue e passageira. Em um dado momento, lhe damos com situações de rotina, e no seguinte, com perdas devastadoras. A rica descrição do Cel Guerra nos faz refletir sobre a imprevisibilidade da vida e a falta de controle sobre o inesperado. ​​​​​​​Ao mesmo tempo, nos conforta saber que em meio a uma terrível adversidade, temos o apoio incondicional de colegas que, servindo e honrando suas fardas, não mediram esforços durante 48 dias. ​​​​​​​ "O verdadeiro heroísmo não está apenas na batalha, mas em servir e proteger as pessoas em tempos de paz, com o mesmo compromisso e coragem." – General Schwarzkopf

Excelente artigo Coronel. Ouvi parte desta história do Coronel Brayner, meu prezado companheiro de turma. Hoje tive uma visão geral do ocorrido. 

Excelente artigo! É muito interessante acompanhar essa história sob a perspectiva de quem esteve diretamente envolvido e, de certa forma, vivenciou essa tragédia. Nós, que estamos de fora, muitas vezes não fazemos ideia do que vocês, militares, enfrentam em momentos como esse. Parabéns pelo artigo, Coronel Guerra!

Excelente artigo! É muito interessante acompanhar essa história sob a perspectiva de quem esteve diretamente envolvido e, de certa forma, vivenciou essa tragédia. Nós, que estamos de fora, muitas vezes não fazemos ideia do que vocês, militares, enfrentam em momentos como esse. Parabéns pelo artigo, Coronel Guerra!

Esse acidente ficou marcado na nossa história, lembro muito bem, a época era aluno do NPOR do 1 BIS. Foi acionado o plano de chamada do batalhão, onde todos os militares de maneira direta ou indireta apoiaram a OM naquela árdua e nobre missão! Todos aqueles homens e mulheres que se dedicaram ao resgate merecem ser lembrados. Selva!

E com muito orgulho eu tenho de falar que fiz parte do exército brasileiro,  onde a missão  dada é missão cumprida. 🫡🫡🫡

Definitivamente muito triste! Nossos sentimentos a essas 154 famílias que há quase 2 décadas vem administrando suas dores, até porque "Embora condenados, Joe Lapore e Jan Paladino sequer chegaram a cumprir suas penas. Em dezembro de 2017, a Justiça Federal do Mato Grosso decretou a prisão da dupla, mas isso jamais ocorreu. No final de maio deste ano, a pena foi prescrita."

Infelizmente nos resta acreditar na justiça Divina e relembrar de modo saudoso e respeitoso os assassinatos.  Obrigada Coronel Guerra!

Lembro-me perfeitamente dessa tragédia..

Na ocasião,  estava servindo no Cmdo 2a Brigada de Infantaria de Selva, em São. Gabriel da Cachoeira -  AM..

Parabéns ao Cel  Guerra., pelo artigo,  que nos faz rememorar a importância do EB na Amazônia,  sobretudo nos momentos de crise.

"EB sempre pronto, Seeelva!"

 

Parabéns pelo registro do evento. Eu conhecia alguns dos militares que faleceram nesse sinistro.

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