Winston Churchill talvez seja o mais importante político inglês do século XX. Sua atuação nas decisões políticas e militares, que influenciaram a 1ª Grande Guerra, e sua brilhante liderança, que conduziu o Reino Unido na 2ª Guerra Mundial, colocaram-no nesse status. Porém, foram os estudos de sua vida e obra, bem como as manifestações culturais a seu respeito, que o transformaram no maior personagem britânico de todos os tempos, imagem sedimentada no imaginário coletivo.
Figuras históricas como Churchill são depositárias dos valores morais mais importantes de suas nações. São a elas que seus compatriotas recorrem nos momentos de crise.
Por ser fonte inesgotável de inspiração, a vida do ex-primeiro ministro britânico foi escrita, reescrita e traduzida para diversos idiomas, sendo retratada, também, em muitos filmes. Não por acaso, ele é, novamente, o personagem principal em dois novos filmes, quase simultâneos: "Churchill", lançado em outubro deste ano; e "O destino de uma nação", previsto para estrear nos cinemas em janeiro de 2018.
Este artigo pretende trazer à tona as seguintes reflexões: Quem são os personagens brasileiros que podem inspirar o Brasil de hoje? Quais são os valores que devem nortear o País, para vencermos mais esta crise que vivemos?
É verdade que a história do Brasil é repleta de personagens grandiosos. Homens e mulheres abnegados que viveram intensamente em prol da Nação. O que nos cabe, hoje, é estudar a vida e os feitos dessas personalidades, se não pelos bancos escolares – há muito tempo ideologicamente enviesados –, pelo menos por iniciativa própria. Em tempos de Google, Amazon e e-books, a busca individual do conhecimento nunca esteve tão acessível a todos nós.
Se nos prontificarmos a buscar essas referências históricas, encontraremos, entre tantos estadistas existentes em nossa história, José Maria da Silva Paranhos - o Visconde do Rio Branco, pai do Barão do Rio Branco. Militar, professor, jornalista, redator, deputado, diplomata, ministro. Visconde do Rio Branco notabilizou-se desde cedo e, por toda a vida, dedicou-se a engrandecer o Brasil.
Já aos 25 anos, influenciava a elite intelectual do País. Suas ideias poderiam perfeitamente ser publicadas nos editoriais dos jornais de hoje. Era defensor do liberalismo econômico: "Alargai a esfera dos cidadãos que podem tomar parte nos negócios do Estado, prescrevei o exclusivismo, que manda somente dar importância a um limitado número de pessoas". Combatia a corrupção: "Estendei a espada da justiça até os lugares onde empregados dilapidadores estragam a riqueza pública". Desejava melhor representatividade política: "Que as Câmaras sejam realmente a expressão do país inteiro". Pregava a tolerância e a liberdade de expressão: "Quereis a desgraça do país? Exercei a parcialidade e a injustiça para com aqueles cujas opiniões forem diversas". E criticava a fomentação da luta de classes, o que, segundo ele, desmantelaria o Império e aniquilaria tudo que tem de mais caro à Nação.
Na função de diplomata, o Visconde foi responsável pela fixação das fronteiras entre Brasil e Uruguai; afastou a proibição, imposta pelo ditador Lopez, de o Brasil navegar no Rio Paraguai até o Mato Grosso; esteve à frente da celebração do Tratado do Paraná em 1856, importante marco fronteiriço para a questão das Missões. E, após a Guerra da Tríplice Aliança, foi designado para organizar o novo governo paraguaio, que fora totalmente desmantelado.
Mas, foi no cargo de Presidente do Conselho de Ministros, à frente da Campanha Abolicionista, que Visconde do Rio Branco elevou-se à condição de estadista. Assim diz seu biógrafo, General Affonso de Carvalho: "É aí na defesa de uma causa tão justa quão humana que a sua figura se agiganta e toma as proporções dos estadistas que as pátrias predestinam – como Lincoln". A vitória de seu trabalho foi a promulgação, em 28 de setembro de 1871, da Lei Rio Branco, assinada pela Princesa Isabel e conhecida, também, como Lei do Ventre Livre.
Se não foi possível libertar todos os escravos na época, foi graças à postura apaziguadora de Rio Branco que não sofremos cisões políticas, que poderiam descambar para uma guerra como a norte-americana. Assim como Lincoln, o povo fez justiça ao Visconde do Rio Branco: "Aí vai o nosso protetor!", gritavam as mães escravas levantando seus bebês, ao avistá-lo nas ruas cariocas.
Foi responsável, ainda, por reformas do judiciário e da magistratura; instituiu os registros civis de nascimento, casamento e óbito; autorizou a concessão de empréstimos oficiais a juros; reformou a Casa da Moeda; estabeleceu as moedas de níquel; iniciou o arrasamento do Morro do Castelo, além de muitas outras iniciativas governamentais. Foi um verdadeiro reformista.
Que exemplo de vida dedicada ao Brasil!
Poderia Visconde do Rio Branco inspirar nossos políticos de hoje? Seus valores deveriam guiar a todos nós no enfrentamento da crise atual? As respostas são, indubitavelmente, sim e sim!
O Brasil não teve Churchill. O Brasil não precisa de um Lincoln. Nós tivemos nossos heróis, como o Visconde do Rio Branco. E precisamos conhecê-los.
Figuras históricas como Churchill são depositárias dos valores morais mais importantes de suas nações. São a elas que seus compatriotas recorrem nos momentos de crise.
Por ser fonte inesgotável de inspiração, a vida do ex-primeiro ministro britânico foi escrita, reescrita e traduzida para diversos idiomas, sendo retratada, também, em muitos filmes. Não por acaso, ele é, novamente, o personagem principal em dois novos filmes, quase simultâneos: "Churchill", lançado em outubro deste ano; e "O destino de uma nação", previsto para estrear nos cinemas em janeiro de 2018.
Este artigo pretende trazer à tona as seguintes reflexões: Quem são os personagens brasileiros que podem inspirar o Brasil de hoje? Quais são os valores que devem nortear o País, para vencermos mais esta crise que vivemos?
É verdade que a história do Brasil é repleta de personagens grandiosos. Homens e mulheres abnegados que viveram intensamente em prol da Nação. O que nos cabe, hoje, é estudar a vida e os feitos dessas personalidades, se não pelos bancos escolares – há muito tempo ideologicamente enviesados –, pelo menos por iniciativa própria. Em tempos de Google, Amazon e e-books, a busca individual do conhecimento nunca esteve tão acessível a todos nós.
Se nos prontificarmos a buscar essas referências históricas, encontraremos, entre tantos estadistas existentes em nossa história, José Maria da Silva Paranhos - o Visconde do Rio Branco, pai do Barão do Rio Branco. Militar, professor, jornalista, redator, deputado, diplomata, ministro. Visconde do Rio Branco notabilizou-se desde cedo e, por toda a vida, dedicou-se a engrandecer o Brasil.
Já aos 25 anos, influenciava a elite intelectual do País. Suas ideias poderiam perfeitamente ser publicadas nos editoriais dos jornais de hoje. Era defensor do liberalismo econômico: "Alargai a esfera dos cidadãos que podem tomar parte nos negócios do Estado, prescrevei o exclusivismo, que manda somente dar importância a um limitado número de pessoas". Combatia a corrupção: "Estendei a espada da justiça até os lugares onde empregados dilapidadores estragam a riqueza pública". Desejava melhor representatividade política: "Que as Câmaras sejam realmente a expressão do país inteiro". Pregava a tolerância e a liberdade de expressão: "Quereis a desgraça do país? Exercei a parcialidade e a injustiça para com aqueles cujas opiniões forem diversas". E criticava a fomentação da luta de classes, o que, segundo ele, desmantelaria o Império e aniquilaria tudo que tem de mais caro à Nação.
Na função de diplomata, o Visconde foi responsável pela fixação das fronteiras entre Brasil e Uruguai; afastou a proibição, imposta pelo ditador Lopez, de o Brasil navegar no Rio Paraguai até o Mato Grosso; esteve à frente da celebração do Tratado do Paraná em 1856, importante marco fronteiriço para a questão das Missões. E, após a Guerra da Tríplice Aliança, foi designado para organizar o novo governo paraguaio, que fora totalmente desmantelado.
Mas, foi no cargo de Presidente do Conselho de Ministros, à frente da Campanha Abolicionista, que Visconde do Rio Branco elevou-se à condição de estadista. Assim diz seu biógrafo, General Affonso de Carvalho: "É aí na defesa de uma causa tão justa quão humana que a sua figura se agiganta e toma as proporções dos estadistas que as pátrias predestinam – como Lincoln". A vitória de seu trabalho foi a promulgação, em 28 de setembro de 1871, da Lei Rio Branco, assinada pela Princesa Isabel e conhecida, também, como Lei do Ventre Livre.
Se não foi possível libertar todos os escravos na época, foi graças à postura apaziguadora de Rio Branco que não sofremos cisões políticas, que poderiam descambar para uma guerra como a norte-americana. Assim como Lincoln, o povo fez justiça ao Visconde do Rio Branco: "Aí vai o nosso protetor!", gritavam as mães escravas levantando seus bebês, ao avistá-lo nas ruas cariocas.
Foi responsável, ainda, por reformas do judiciário e da magistratura; instituiu os registros civis de nascimento, casamento e óbito; autorizou a concessão de empréstimos oficiais a juros; reformou a Casa da Moeda; estabeleceu as moedas de níquel; iniciou o arrasamento do Morro do Castelo, além de muitas outras iniciativas governamentais. Foi um verdadeiro reformista.
Que exemplo de vida dedicada ao Brasil!
Poderia Visconde do Rio Branco inspirar nossos políticos de hoje? Seus valores deveriam guiar a todos nós no enfrentamento da crise atual? As respostas são, indubitavelmente, sim e sim!
O Brasil não teve Churchill. O Brasil não precisa de um Lincoln. Nós tivemos nossos heróis, como o Visconde do Rio Branco. E precisamos conhecê-los.
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