Atualmente, está consolidado o entendimento de que o emprego militar, em qualquer conflito, alcançará sucesso por meio de operações conjuntas (Op Cj) e interagências e, às vezes, de forças multinacionais. Mesmo em operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), a sinergia entre as forças singulares é fator decisivo para o êxito da missão. Desde a década de 90 do século passado, com a criação do Ministério da Defesa (MD), as Forças Armadas (FA) brasileiras vêm desenvolvendo a doutrina de emprego conjunto a fim de fazer face aos desafios do combate moderno.
Este artigo traz reflexões sobre a adoção do Ensino a Distância sem Tutoria no Exército Brasileiro. Inicialmente, uma ambientação.
O Exército Brasileiro, com sabedoria, prioriza o investimento da Força na formação e capacitação de seus quadros. Ainda que houvesse recursos suficientes para a aquisição de todo o material bélico necessário, com avançada tecnologia, a sua posse seria inócua sem a existência de pessoal qualificado para operá-lo.
A profissão militar é uma daquelas em que o caráter coletivo não é uma opção, um acessório ou mesmo um acréscimo relevante à atividade principal. Ela somente se efetiva na coletividade, na organização e na atuação de grupos.
A recente situação de isolamento social pela qual as populações do Brasil e do mundo estão passando em decorrência da pandemia da COVID-19 (COrona VIrus Disease - Doença do Corona Vírus 2019) reforçou a atenção das Instituições de Ensino do Exército Brasileiro, a cargo do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx), quanto ao emprego prioritário do Ensino a Distância (EAD) como alternativa para a manutenção do ensino nesse período de restrição à mobilidade.