O Exército Norte-Americano publicou, em outubro do ano passado, um documento chamado The operational environment and the changing character of warfare1, no qual o Comando de Adestramento e Doutrina (TRADOC) daquele país discorre sobre como as aceleradas mudanças em curso, em todos os aspectos da vida humana e da sociedade, alterarão decisivamente o ambiente operacional e a natureza da guerra nos próximos anos. Neste artigo, apresento minha interpretação do documento.
Azerbaijão e Armênia estão em guerra. O conflito de alta intensidade explodiu há seis dias mas, na verdade, trata-se da continuidade de uma disputa que tem suas origens na independência dos países da antiga União Soviética, no final dos anos 1980.
O Marechal Luiz Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, viu sua carreira de chefe militar coroada por ocasião da Guerra da Tríplice Aliança, quando liderou a contraofensiva Aliada contra o Paraguai. No entanto, duas décadas antes, o chefe militar, recém-promovido ao generalato, já demonstrava sua capacidade de conduzir tropas em combate e seu domínio da arte da guerra ao debelar as duas revoltas deflagradas pelos liberais em 1842.
A ação militar que resultou na morte do General Qassem Suleimani, comandante da Guarda Revolucionária Iraniana, elevou ao patamar de grave crise internacional a já desgastada e difícil relação entre os Estados Unidos e o Irã, gerando apreensão quanto aos desdobramentos que o episódio do último dia 3 de janeiro promete entregar. Após uma breve apresentação dos principais antecedentes mais próximos ao fato, este trabalho pretende realizar uma análise empírica da conjuntura adjacente, com foco no espectro geopolítico, concluindo sobre as possibilidades futuras para a estabilidade regional do Oriente Médio.