Difícil saber quando se iniciou a atividade de inteligência. Contudo, pode-se supor que ela possua seu berço na própria origem das civilizações.
“Grandes líderes têm visão e capacidade de convencer os outros a compartilhar dessa visão”. Essas são palavras do autor de vários livros sobre liderança, Warren Bennis. Agora, como adquirir a visão necessária para se tornar um grande líder? Seria essa capacidade um dom inato ou pode ser desenvolvida?
“A disciplina militar prestante não se aprende, Senhor, na fantasia, sonhando, imaginando ou estudando, senão vendo, tratando e pelejando.”
(Luís Vaz de Camões)
A crise provocada pela covid-19 colocou em discussão a manutenção ou não de atividades presenciais na formação militar durante o contexto de crises, o que impulsionou o estudo da aplicabilidade do Ensino a Distância (EaD) nas escolas de formação e, consequentemente, a substituição das atividades presenciais por EaD. Entende-se a Educação a Distância como modalidade educativa apoiada por tecnologias em que discentes e docentes não estão fisicamente presentes em um mesmo ambiente de ensino e aprendizagem. Este artigo tem a intenção de propor reflexões sobre a importância das atividades presenciais nas escolas de formação do Exército Brasileiro (EB), levando-se em consideração as instruções tipicamente militares. Para tanto, é importante ressaltar alguns entendimentos relacionados aos fundamentos da educação no EB.
Tenho 55 anos. Segundo a neurolinguística, sou uma pessoa visual e cinestésica. Tenho dificuldades para gravar conhecimentos apenas pela leitura ou apenas ouvindo relatos. Por isso, valho-me de desenhos, imagens e gráficos. Para mim, "tem que desenhar". Imagino o quanto meus subordinados devem ter se ajustado à minha personalidade, para atender às minhas solicitações. Gosto, sobretudo, de "aprender fazendo". Para o planejamento, lápis, caneta, borracha e muito papel, não importa o tamanho. Meus livros são rabiscados. Alguns, de maneira irreversível. Canetas iluminativas são indispensáveis.
A dinâmica das relações internacionais e das interações sociais, neste primeiro quartil do século 21, é altamente desafiadora. As aceleradas mudanças, que abrangem todos os aspectos da vida humana e das sociedades, afetam também o fenômeno da guerra, exigindo de todas as nações um grande esforço para manterem seu estamento militar pronto e em condições de ser empregado, garantindo a defesa de seus interesses e de sua soberania.