A palavra “coesão” tem origem no latim “cohaeso” e apresenta os seguintes significados: “intimamente ligado”, “fortemente unido”, “formar um todo” e “harmônico”.1
Uma das experiências mais significativas que todo oficial formado na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) vivencia, e que marca a sua existência para sempre, tem início quando ele, como cadete, ao entrar em forma no Pátio Tenente Moura, se depara com os dizeres: “Cadete! Ides comandar, aprendei a obedecer”.
O mais importante capital de uma empresa é o seu pessoal. A despeito da evolução tecnológica, do desenvolvimento e uso cada vez mais acentuado de máquinas inteligentes, da aceitação de que, em algumas áreas, a inteligência artificial poderá (eu diria irá) superar a inteligência humana, continuam sendo as pessoas que fazem a verdadeira diferença no sucesso ou no fracasso de uma empresa. E, para as Forças Armadas, em particular para o Exército Brasileiro, essa realidade não é diferente.
Difícil saber quando se iniciou a atividade de inteligência. Contudo, pode-se supor que ela possua seu berço na própria origem das civilizações.
Após quase 10 anos de afastamento do Sistema de Educação e Cultura do Exército, retornei como Diretor de Educação Técnica Militar, em que expressões como educação ubíqua, sala de aula invertida e educação 4.0 estavam circulando pelos corredores e na pauta de conversações e discussões. Naquele instante, percebi que havia ficado preso ao passado e realmente estava desatualizado. Entretanto, como diz um velho jargão militar que “nada resiste a um bom papiro”, fui em busca da literatura existente e do que já estava em curso na própria Diretoria e no Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx). Afinal, tinha que buscar não apenas o bizu, mas um aprofundamento maior sobre o impacto das tecnologias digitais na educação.