O Marechal Luiz Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, viu sua carreira de chefe militar coroada por ocasião da Guerra da Tríplice Aliança, quando liderou a contraofensiva Aliada contra o Paraguai. No entanto, duas décadas antes, o chefe militar, recém-promovido ao generalato, já demonstrava sua capacidade de conduzir tropas em combate e seu domínio da arte da guerra ao debelar as duas revoltas deflagradas pelos liberais em 1842.
O início do ano de 2020 traz importantes reflexões e ensinamentos para o Estado brasileiro: de que forma as Forças Armadas brasileiras vêm se preparando para a guerra do futuro? Os oficiais e as praças visualizam como as características do combate moderno vêm se tornando cada vez mais dependentes do aspecto tecnológico? Essas são duas perguntas que não podem sair da mente dos militares brasileiros. O transformar das nossas Forças Armadas será fator decisório para o Brasil desempenhar o papel de líder regional no âmbito da América do Sul daqui para a frente.
O dia era 22 de setembro de 1944; a bordo do navio “General Meigs”, 5.239 homens, a maioria integrantes do 11º Regimento de Infantaria (11º RI), se espremem na viagem de 14 dias para a travessia do Atlântico, infestado de submarinos alemães. Assim inicia a epopeia do 11º RI na 2ª Guerra Mundial, tendo seu ápice em 14 de abril de 1945, com o ataque à cidade de Montese, o combate em que a FEB mais perdeu homens em um único dia.
A ação militar que resultou na morte do General Qassem Suleimani, comandante da Guarda Revolucionária Iraniana, elevou ao patamar de grave crise internacional a já desgastada e difícil relação entre os Estados Unidos e o Irã, gerando apreensão quanto aos desdobramentos que o episódio do último dia 3 de janeiro promete entregar. Após uma breve apresentação dos principais antecedentes mais próximos ao fato, este trabalho pretende realizar uma análise empírica da conjuntura adjacente, com foco no espectro geopolítico, concluindo sobre as possibilidades futuras para a estabilidade regional do Oriente Médio.
Alvin e Heidi Toffler, no livro Guerra e Antiguerra, analisam a evolução dos conflitos ao longo do tempo, demonstrando o aumento da sua complexidade e consequente diminuição da liberdade de ação dos comandantes durante as operações.