O mais importante capital de uma empresa é o seu pessoal. A despeito da evolução tecnológica, do desenvolvimento e uso cada vez mais acentuado de máquinas inteligentes, da aceitação de que, em algumas áreas, a inteligência artificial poderá (eu diria irá) superar a inteligência humana, continuam sendo as pessoas que fazem a verdadeira diferença no sucesso ou no fracasso de uma empresa. E, para as Forças Armadas, em particular para o Exército Brasileiro, essa realidade não é diferente.
Difícil saber quando se iniciou a atividade de inteligência. Contudo, pode-se supor que ela possua seu berço na própria origem das civilizações.
O Brasil foi sede de diversos eventos internacionais em seu território, tais como: a Copa das Confederações e do Mundo (2013 e 2014), a Jornada Mundial da Juventude (2013) e os Jogos Olímpicos e Paralímpicos (2016). Esses eventos, que ocorreram em um curto espaço de tempo e reunindo milhares de pessoas de todas as partes do mundo, possibilitaram a preparação e o emprego das frações de defesa química, biológica, radiológica e nuclear (DQBRN) do Exército Brasileiro (EB) para a prevenção contra possíveis ataques terroristas.
Algumas das virtudes do líder são: aprender com as lições do passado, refletir sobre as experiências vividas por ele próprio e por outros, transformar esse conhecimento em sabedoria e, naquilo que for pertinente, criar sua visão própria de futuro a ser aplicada nas suas decisões.
“Os espiões são os personagens centrais de uma guerra. Sobre eles repousa a capacidade de movimentação de um exército” (SUN TZU).
A literatura e o cinema ajudaram a cristalizar a percepção de que a boa inteligência é aquela que se baseia essencialmente na espionagem. Autores como Tom Clancy, Ian Fleming e Frederick Forsyth eternizaram personagens dotados de múltiplas qualidades, requeridas tanto para trabalhos de campo quanto para análise de informações. No mundo real, sabemos que isso raramente funciona. Bons analistas são dotados de atributos cognitivos que não têm a ver com a arriscada tarefa de garimpar dados brutos cuja qualidade é diretamente proporcional à periculosidade do ambiente em que estão diluídos. É o trabalho de análise dos dados, por sua vez, que resulta no assessoramento preciso ao tomador de decisão. Mas para que esse auxílio possa existir, é necessário que os fragmentos de informação cheguem ao analista.